Porcolitro

Porcolitro era um leite muito safadinho, derramava sempre. Os outros litros falavam para ele: cuidado, você vai acabar sujando tudo. Mas o litro não estava nem aí, todo dia fazendo a mesma coisa. Até que um dia veio uma fada e transformou o litro em porco, num porcolitro, que protagonizou mil aventuras...



Créditos das aventuras de Porcolitro: Milton Nascimento e Maria Dolores Duarte.
As aventuras a seguir são por minha conta.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Poema do amor que vem (para quem pergunta que tem)

Tem como vem
e traz consigo
verões
paióis
e tem também a cara linda
suspiro, ais

Tem os olhos
que são tão vivos
pretos
honestos
e tem também aquela parte de trás dos joelhos
que nunca sei o nome

Tem os ombros
largos, redondos
fortes
fracos
e também as unhas das mãos e dos pés
num corte tosco

Tem os pés
grandes, ligeiros
rudes
macios
e também os peitos dos pés e calcanhares
de Aquiles, aqueles

Tem as mãos
ah, que mãos!
estúpidas
burras
e também os cotovelos
que doem, doem

Tem isso e mais
que o despudor
capta
coopta
e também a cópula (meu deus, a cópula)
tão antipoética.

Tem o não tem
não tem
razão
certeza
nem também  urgência
sereno, vem.

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