Esta semana, depois de páginas e páginas do De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso [Patas arriba] do Eduardo Galeano, lidas numa fila que atravessou as horas e o sol poente para dar em nada, recusei-me a morrer na praia.
Como é do meu feitio "viajar grandão" - como diz minha querida Tia Lolô - comecei ali mesmo a articular algumas palavras para um poeminha de circunstância em homenagem àquela triste situação. Pensei, logo desisti. Fui vencida pelo texto que lia, talvez oprimida por ele. Não tenho este espírito competitivo, tampouco o fervente sangre latino de Galeano. Precisaria de um desaforo muito maior ou anos afora para conseguir encadear versos com a sagacidade necessária e sem a amargura do momento. Com os olhos embotados e a garganta trancada pela certeza da minha impotência diante do Cosmos e da gerente, não saiu mais que este haikai.
Fui aonde não queria estar e fiquei
senti frio, fome e solidão
Saí de lá e bati o carro.
* Este título é uma homenagem a minha afilhada Natália do blogue Let´s Rock!, que, embora recém-carioca, sempre me atualiza das descoladas gírias e expressões paulistanas, como aquela "isso pra mim é 'OK' ".
Só agora notei o quanto este título é lugar comum entre os blogueiros.
ResponderExcluirBom, usei minha cota. Ainda não bloguei nada sobre a falta de assunto e considero isso uma vantagem, rs.
Marília, é vc comentando anônima no seu próprio blog?
ResponderExcluirSou eu sim! Sabe como é, esta vida de blogue caseiro às vezes dá um vazio. rs
ResponderExcluirahahahahahahaahahhahahahahhahahahahhaha, que barato!
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