Porcolitro

Porcolitro era um leite muito safadinho, derramava sempre. Os outros litros falavam para ele: cuidado, você vai acabar sujando tudo. Mas o litro não estava nem aí, todo dia fazendo a mesma coisa. Até que um dia veio uma fada e transformou o litro em porco, num porcolitro, que protagonizou mil aventuras...



Créditos das aventuras de Porcolitro: Milton Nascimento e Maria Dolores Duarte.
As aventuras a seguir são por minha conta.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Romper tratados, trair os ritos

Outro dia, em um protesto em Mongaguá, um professor do movimento grevista da ETEC protagonizou uma arriscada manobra: ofereceu uma flor ao governador Alckmin e, quando este aceitou, habilmente sequestrou-lhe o microfone das mãos e pôs-se a conduzir as animadas rimas que movimentam os  protestos.

Mas que atitude donjuanesca! Será universal minha percepção de que a subversão tenha algo de sexy? Ah! Uma subversão elegante dessas é para desmanchar qualquer coração de grevista, mais durona que seja. Aliás, um protesto, passeata ou marcha deve mesmo ser lugar interessante para encontrar um amor para sua vida, o Xico Sá mandou essa na semana passada no seu blogue. Ok, um amor para a vida deve ser exagero, mas umazinha para o fim de semana, com um idealista barbado, embriagados de rum e de Buena Vista não deve fazer mal a ninguém, há de se admitir. Para além dos prazeres intelectuais e mundanos, o tal "amor de passeata" pode até ter um happy end. É pagar para ver.

A gentileza revolucionária também passou pela Marcha da Liberdade. Em resposta à violenta repressão policial na Marcha paulista da Maconha, os manifestantes distribuíram flores aos policiais. Inicialmente, marchar pela liberdade pareceu-me bem burguês-século-XIX. Mas o movimento foi bonito! Entre passos, cantos e flores, há quem tenha ouvido ecoar "Hey, polícia, maconha é uma delícia!". Então, protestamos pelo prazer.

Finalmente a subversão assumiu seu lado poético para além dos parnasianos versinhos de marcha! Somos nestes dias todos gays, mães, maconheiros e vadias. Protestamos de lingerie, amamentando, distribuindo flores e perfume. Avant garde da subversão. Tudo muda o tempo todo. Pero, sin perder la ternura. Siempre.

5 comentários:

  1. Nunca tinha pensado nessa de amor de marcha. Definitivamente o amor é importante porra.

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  2. Concordo! tá faltando amor nessa merda! kkkk

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  3. Me inclui quando li "somos todos mães". Sim, é vergonhoso ainda haver qualquer tipo de repressão à amamentação, liberdade sexual...

    E encontrar um amor numa passeata é bem Hilda Furacão, ou só eu pensei nisso?

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  4. Boa Bruna! eu sabia que já tinha visto isso em algum lugar mesmo!
    E Hilda Furacão me lembra mesmo a cachorra do Patrique, Biba Furacão.

    E aí, Bru? Quando sai seu blogue? - Sabe que só as mães são felizes, né?
    beijo

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  5. Siiim, saudosa Biba Furacão.
    Meu blog? Tenho outrso projetos em mente, minha cara. Dentre eles, trabalhar com que amo!!

    Beijoconas!

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